segunda-feira, 16 de junho de 2008

Meus olhos se curvam sobre a sacada quase abismo de teu céu rarefeito, a mão cansada, queimada, em pedaços aponta para a vertigem do mundo la fora, meu mundo, seu mundo, minha carne cansada com pressa, com urgencia de ser amada. Então nós começamos a falar, eu sobre a saudade que sinto do que não foi, mas podia, deveria ter sido. Você me fala sobre sua ultima culpa, seu ultimo copo, o ultimo riso, o ultimo beijo. Então, eu grito contra o vento, abro o vinho, viro a mesa, o copo, te esfolo ali mesmo, toda linda, corpo de folhas, corpo de delito, me omito, me grito, te dispo/te devoro/te ignoro/te adoro. Afasto teu cabelo enquanto rasgo teu sexo e te amo tão pura que de tão pura me entrega se entrega não espera não há pressa não há não

-Pois lá fora meu bem,
Não há um só alem de mim
Que caiba tão bem
Em suas mãos.

Nenhum comentário: