quinta-feira, 19 de junho de 2008

Para Camila.

Teus olhos me olham de dentro de teus olhos que olham por dentro de meu estomago quase que como se te engolisse como afago ou caricia eu sei que deixei crescer feito dádiva ou dor não sei, ou quem sabe maldição eu sei que deixei de propósito que teus olhos me olhassem de dentro de meu estomago quase que florescendo feito flor rosa folha botão, teus olhos calados me olham sem realmente sem ver que por dentro de meus olhos você cresce me fazendo vomitar libélulas e sentir milhares de lótus afagando meus órgãos enquanto por entre meu corpo teu gosto teus olhos crescem feito barba, cresce pelo meu pulmão que agora de tão puro não abriga mais fumaça não abriga mais perigo só a pureza sem sentido de teus olhos que crescem feito fome que cresce noite a fora feito saudade sobrevoando São Paulo, meu amor.

Um comentário:

Camila. disse...

então fiquei pensando se sou a única Camila, ou se As Camilas do poema são outras tantas 'reais' Camilas...

eu quero ser sua única, irreal e vermelha Camila!