sábado, 26 de abril de 2008

Quando destilares a essência de tudo aquilo que lhe alimenta dentro de teu corpo úmido e esponjoso encontrara toda a essência daquilo que um dia chamares de loucura impressa em corpos e copos indesejados pela indefinível solidão que lhe distingue de todos os homens que arduamente travam a doce batalha de dançar com prostitutas enquanto o ultimo bar da face da terra fecha e as cinzas de cigarro se amontoam sem fênix alguma para brotar-lhe das cinzas como brotam as cores pulsantes do teu brilho indefinido belo e insensível como um girrasol morrendo em maio você sim você que segura a mão de todos homens que enquanto suspensos gritam por mais êxtase e mais e mais e mais mas você não você é rosa botão flor rosa botão flor cristal e ainda que não uma adolescente partida você fosse uma estéril prostituta do sol de maio em plena rua Augusta você ainda seria rosa botão flor rosa botão flor você ainda teria minha alma suspensa em seu caule você me suspende em seu silencio ou será só a ilusão em febre da carne viva você botão rosa flor eu Icaro de asas de cera espinhas sorriso desbotado com o corpo manchado de rancor.

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