terça-feira, 6 de maio de 2008

Um soneto sobre amor e outras piadas sem graça.

Na busca incessante de nossos corpos transeuntes
Nus e em farrapos de migalhas
Carregando cestos de pães velhos e podres
Pela Rússia caída de Dostoievski

Enquanto todos os mortos de fome
Distribuem os restos do Czar, eu e você podemos.
Sair e comprar morangos e cerejas
Nos quais sentiremos o gosto do sexo um do outro.

Na contraluz de seus sentidos já dormentes
Cravarei meus dentes em sua cintura
Porque hoje, eu e você dançaremos sobre os restos do Czar.

Eu e você,
Sobre os restos deformados
De nossos próprios mortos.

2 comentários:

Anunciante disse...

-dançar;
dançar;


-comi 'batatafritanojentadarodoviariacombastantemolhoverde' hoje


bom texto.


;*

Katrina disse...

AHÁ
e eu ouvi isso pelo telefone num domingo quase de madrugada