terça-feira, 22 de julho de 2008

Sonho na casa das estações.

Sobre o amor maior que não cabe em palavras ou tristeza
Mas que talvez coubesse num poema ou numa poça de sangue,
Ou quem sabe num sonho bom ao despertar.

Para Beatriz.


Lucifer almejou ao céu de estrelas calmas enquanto a tarde caia sobre todos nós e tantos outros desejaram tanto e tanto que seus corpos se tornaram nós desfeitos e a sós eu e você compartilharemos a trilha dura e surda da vida sabendo que somos pó perante a tudo mas o que eu almejo talvez seja só o que está atras dos seus olhos só almejo aquilo que parece pouco num final de tarde enquanto acendo um cigarro e as estrelas caem pela profundidade do limiar do campo e do tempo de almas mortas e eu não quero mais a fumaça do odio devastando meus sonhos mesquinhos e eu não quero ter que sonhar para acordar em sono e te querer presa em mim com pressa assim de um modo que eu não queira mais me soltar e eu não posso almejar mais nada que não seja o breve limiar da estrada de te querer dentro de mim porque só assim é que posso parar de sangrar e correr em circulos e ao te sentir é que descubro como sinto e só assim reparo como sinto tão pouco agora que andas longe a percorrer tudo e eu aqui parado enquanto tudo esta em chamas tudo esta em sangue e minha alma louca cansou de percorrer esses mesmos bares e ruas e gente e gostos e cheiros e gestos cheios de infinita dissolução e eu não quero mais percorrer a dor de quem caminha sem a metade que vem lhe engolir os medos agora você é meu segredo e me contorço de forma clara como quem nasce sem ver pela segunda vez e você é a luz que espera uma esfera que me diz aonde devo me deixar engolir você é a paz certa que se derrama sobre mim me confude me contude me deixa alerta você é o todo mundo porvir então abro os braços e pulo pela margem não importa a queda você me espera e não me deixara cair.

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